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Barilon pede informações sobre Febre Maculosa

Entre 2010 e 2018, foram registradas em Nova Odessa 38 notificações suspeitas de febre maculosa.

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Atento aos noticiários sobre a febre maculosa em Americana, que na última terça-feira, dia 14 decretou estado de alerta, o vereador novaodessense Vagner Barilon (PSDB), apresentou um requerimento no qual solicita informações sobre eventuais ações deflagradas em Nova Odessa motivadas pelos seis óbitos causados pela febre maculosa, já confirmados na cidade vizinha. A propositura estava prevista para estar na pauta da 20ª Sessão Ordinária, realizada ontem à noite.
“O pessoal que gosta de pescar tem que prestar atenção em relação a isso. Aquelas placas que avisam que o local tem infestação de carrapato estrela não são colocadas a toa, é que ali para alertar este perigo. Tomem cuidado, a febre maculosa é uma doença séria”, alertou Barilon.
Americana divulgou uma lista com 15 áreas críticas, pedindo que a população evite ir a esses locais. A Febre Maculosa trata-se de uma doença que em mais da metade dos casos leva à morte e é transmitida pelo carrapato-estrela, que se hospeda principalmente na capivara.
Além dos casos já confirmados, ainda existem óbitos sob investigação, o que pode fazer o número de mortes confirmadas aumentar. As vítimas da doença, com idades entre 53 e 64 anos, haviam frequentado pontos de pescaria às margens dos rios Piracicaba e Jaguari, não sendo áreas limítrofes a Nova Odessa há um óbito que preocupa a cidade. “Soubemos que a doença causou a morte de um rapaz de 23 anos cuja contaminação pode ter acontecido em um pesqueiro em Nova Odessa, o que colocaria nossa cidade em alerta também”, ressaltou.
O vereador destacou também que já viu que o secretário de Saúde de Nova Odessa já alertou sua equipe e, que na  última quinta-feira, começou a trabalhar com um material específico sobre a doença.

TRANSMISSÃO

O carrapato-estrela, que é o vetor da doença, se alimenta de sangue e, por isso, pode ser encontrado em animais como bois, cavalos, cães, aves domésticas e roedores, como as capivaras, que são as principais hospedeiras. Para que ocorra a transmissão da febre maculosa, o carrapato infectado com a bactéria deve estar fixo ao menos quatro horas na pele das pessoas, sendo que não existe transmissão de uma pessoa a outra.

Segundo a Vigilância Epidemiológica, os locais com maior risco de transmissão na cidade são: pesqueiros; todas as margens de represas e rios e locais com circulação de capivaras e cavalos.
Ainda de acordo com o órgão, nessa época mais seca do ano (entre abril e outubro), aumentam os riscos de aves (pardal e pombas) carregarem os carrapatos para dentro das residências. Portanto, todos devem ficar muito atentos.

Também de acordo com a Vigilância Epidemiológica, de 2 a 14 dias após a picada do carrapato infectado, os sintomas da febre maculosa começam a aparecer. Entre eles, a febre alta, dor de cabeça, calafrios, dores no corpo, principalmente nas costas e na barriga da perna e, também podem surgir pontinhos avermelhados na palma da mão e na sola dos pés. A orientação é que, caso a pessoa tenha tido contato com carrapato e apresente os sintomas, procure o pronto-socorro do Hospital Municipal Doutor Acílio Carreon Garcia e informe sobre a possibilidade de ter sido picado por carrapato.

HISTÓRICO

Desse total, 7 casos foram confirmados e 2 evoluíram para óbito (1 óbito em morador de Sumaré, que contraiu a doença em Nova Odessa e morreu no Hospital de Nova Odessa em 2011 e 1 óbito em morador de Nova Odessa, que contraiu a doença em Sumaré, em 2015).