O que era para ser uma travessia segura entre os bairros Triunfo, Santa Luiza e o Centro de Nova Odessa se tornou um símbolo do descaso com a população. A ponte de pedestres, que há mais de dez anos não recebe qualquer tipo de manutenção, segue em estado crítico e, agora, também carrega um sinal silencioso de alerta.
Na noite desta quarta-feira (06), moradores da região planejam instalar uma cruz de protesto no local, acompanhada de uma sinalização com o aviso de “cuidado”. O ato simbólico e silencioso busca chamar a atenção do poder público e da comunidade para o risco iminente que a estrutura representa.
Com o piso repleto de buracos, ferrugem por toda a extensão, mato alto e nenhuma iluminação, a ponte oferece perigo a todos que dependem dela no dia a dia. Estudantes, trabalhadores, idosos e famílias inteiras enfrentam esse cenário de insegurança. O abandono, segundo moradores, já dura mais de uma década e piora a cada ano.
“Essa ponte não é apenas um caminho. É uma necessidade para quem trabalha, estuda e depende dela diariamente. No entanto, o que a população encontra é risco, medo e insegurança. Passar por ali se tornou um ato de coragem, especialmente à noite, quando a escuridão domina e cada passo pode ser o último sobre um piso instável.
A ferrugem avança. Os buracos aumentam. O mato cresce. E a prefeitura finge que não vê.
Quantos anos mais a população vai precisar esperar por uma manutenção básica? Estão esperando que uma tragédia aconteça para, só então, tomar providências? Enquanto isso, o discurso nas redes sociais continua bonito, mas a realidade é dura para quem precisa andar a pé.
Chega de maquiagem e promessas. A ponte precisa de reforma urgente, não de desculpas esfarrapadas. O povo está cansado de sobreviver onde deveria apenas transitar”, comentaram os moradores.
Até o momento, a Prefeitura de Nova Odessa não se manifestou oficialmente sobre a situação da ponte ou sobre o ato simbólico programado para esta quarta-feira.
A cruz representa mais do que um gesto de protesto. É um alerta. A estrutura que deveria ser um elo seguro entre comunidades virou um retrato da negligência. Os moradores seguem esperando por ações concretas. E agora, mais do que nunca, cobram respeito e urgência.
