Paulo Medina
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Uma moradora do Jardim Monte das Oliveiras, em Nova Odessa, manifestou sua indignação após ser impedida, na última segunda-feira, de descarregar entulho no ecoponto do bairro. A situação ocorreu recentemente e gera questionamentos sobre a gestão e o funcionamento dos ecopontos na cidade.
Adriana Romão da Silva relatou que foi barrada ao tentar descarregar vidros, alumínios e demais materiais inservíveis no local. “Eu sempre utilizei o ecoponto para descartar entulhos e nunca tive problemas. Porém, desta vez, fui informada por um funcionário que não poderia deixar meu material lá”, explicou.
A moradora destacou que os ecopontos são essenciais para a população, oferecendo um destino adequado para resíduos que não devem ser descartados no lixo comum. “Eu fico preocupada porque, sem o ecoponto, muitos podem acabar jogando esses resíduos em terrenos baldios ou áreas públicas, o que é péssimo ao meio ambiente”, acrescentou.
A moradora reivindica clareza nas regras de utilização dos ecopontos. “Muitas vezes, as informações não chegam até nós de forma clara. Acho que é necessário mais diálogo e, talvez, até um aumento na capacidade desses pontos de coleta para atender a demanda da população”, sugeriu. “Não tinha necessidade, de tudo isso, o ecoponto é para descarte, não precisava me tratar como fui tratada, não precisava me humilhar como fui humilhada, se eu fui jogar lá era para não jogar em qualquer lugar”, completou.
O caso reacende o debate sobre a gestão de resíduos sólidos em Nova Odessa e a necessidade de políticas públicas eficazes que conciliem a preservação ambiental com as necessidades dos moradores.
Ecopontos de Nova Odessa são motivo de outros problemas. O TCE -SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) julgou irregulares o primeiro termo de aditamento e a execução do contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de Nova Odessa, na administração do prefeito Leitinho, e a empresa Mova Brasil Ambiental Ltda. para a gestão de ecopontos no município. O julgamento envolveu o contrato nº 67/2022, que abrangia serviços de gerenciamento, operação, manutenção, transporte e destinação final de resíduos sólidos diversos. Ano passado, o TCE já havia julgado irregulares a licitação e o contrato firmado pelo prefeito Leitinho com a referida empresa. Os fiscais do TCE apontaram que o valor total das notas fiscais emitidas foi R$ 80.200,00 acima do valor total pago à contratada, no que diz respeito aos empenhos atrelados ao contrato.
A Prefeitura informou que a gestão municipal não compactua com qualquer tipo de (suposto) mau tratamento a munícipes por servidores ou prestadores de serviços terceirizados. “A orientação da Prefeitura é para que a cidadã que se sentiu ofendida ou destratada formalize a reclamação através da Ouvidoria Municipal (disponível no portal https://www.novaodessa.sp.gov.br/), para que o caso possa ser devidamente apurado e todas as medidas cabíveis sejam tomadas, de forma que a situação não se repita”.