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Morador com filho doente se revolta com fim do atendimento antes do horário no PA do Alvorada

Pai carregou criança doente no colo por quatro quarteirões, chegou na unidade de Pronto Atendimento às 18h30 e médicos já tinham ido embora; ‘uma situação deplorável, médicos fazem horários que querem’, disse

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Paulo Medina
redacao@jno.com.br

O novaodessense Magno Rabesquini está revoltado com o encerramento do atendimento antes do horário, no PA (Pronto Atendimento) do Jardim Alvorada. Isso porque, ele chegou no PA às 18h30 deste domingo (1°) com o filho de 7 anos com 40 graus de febre e não havia mais médicos na unidade de saúde, que promete atendimento até às 19h.
“Eu estava no meu pai, no Jardim Santa Rita e estava sem condução para levar o meu filho no Hospital Municipal, ele estava com febre de 40 graus e recamando de muita dor de cabeça. A placa do PA mostra que o atendimento é todos os dias, das 7h às 19h. Cheguei lá mais ou menos umas 18h30, não tinha médico mais, o médico já tinha ido embora, só tinha os funcionários, que me informaram que não tinha mais atendimento, já tinha encerrado. Se é das 7h às 19h, então teve alguma coisa errada, né? O médico não está cumprindo com uma jornada de trabalho”, afirmou Rabesquini, que precisou esperar um Uber na calçada para levar a criança ao Hospital Municipal.
Rabesquini, que acompanhava seu filho doente em busca de atendimento médico, usou as redes sociais para expressar sua frustração com o que chamou de “descaso com a população”. Segundo ele, os médicos e enfermeiros da unidade de saúde não cumpriram a carga de trabalho, atendendo os pacientes de acordo com “seus próprios horários”.
“Mais um dia de descaso com a população, nesta nossa Nova Odessa, ninguém toma providência nenhuma, médicos e enfermeiros fazem os horários que eles querem”, declarou Magno, visivelmente irritado com a situação.
Para Rabesquini, a falta de atendimento no PA Alvorada agrava a situação dos pacientes que, muitas vezes, já chegam à unidade em estado debilitado e acabam sendo obrigados a esperar por horas sem nenhuma previsão de atendimento ou ter de se descolar ao hospital. “Uma situação deplorável, lamentável e constrangedora, visto que eu fui com meu filho no colo por quatro quarteirões, chegar na unidade dentro do horário de atendimento e o médico já ter ido embora, ficar na calçada esperando Uber com meu filho gemendo de dor, muito triste. Sem contar que não foi permitido aguardarmos o Uber dentro da unidade de saúde mesmo sendo antes das 19h”, lamentou.
Sobre o atendimento no hospital, o pai disse que deixou a unidade por volta das 20h30 e o atendimento não foi a contento. “No Hospital Municipal foi a demora que costuma ser mesmo, todos os dias, os médicos não executaram nenhum tipo de exame, apenas pediram uma injeção de dipirona e receitaram remédio para tomar em casa. Mencionaram que “achavam” que o menino estava com sinusite”, disse.
OUTRO LADO. Questionada, a Secretaria de Saúde informou que a partir das 18h, a orientação “sempre foi para que os pacientes procurem o Pronto Socorro do Hospital Municipal, para garantir um atendimento completo, sem a necessidade de interrupção ou remanejamento após as 19h.”