Paulo Medina
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A novaodessense Tamy Cristina Procopio, mãe de um aluno da creche Apparecida Rodrigues Prata, localizada no Jardim São Francisco, registrou boletim de ocorrência e denunciou uma série de hematomas sofridos por seu filho, de três anos, na unidade educacional. Ela acusa a creche de negligência após seu filho aparecer com hematomas em várias partes do corpo. A denúncia foi registrada na Polícia Civil para a investigação do caso.
A mulher relatou que o filho, que frequenta a creche das 7h às 17h, foi retirado da instituição pela sogra no dia 4 de setembro. Ao chegar em casa, a mãe observou hematomas nas pernas, joelhos e glúteos do menino. Chocada com a condição do filho, ela procurou a coordenadora da creche no dia seguinte, que prometeu verificar o que havia ocorrido. Contudo, o diretor da creche, segundo a mãe, minimizou a situação, alegando que os hematomas eram “normais” devido ao fato do menino ser uma criança “ativa”.
A mãe ainda relatou que o filho foi mordido, além do episódio dos hematomas. “Não vou acusar ninguém, mas no mínimo foi negligência. Mesmo que ele tenha se machucado sozinho, como disseram, não havia ninguém supervisionando? Imagina meu choque ao ver (os hematomas) quando fui dar banho nele. Quero saber o que aconteceu. Quero a transferência dele”, declarou a mãe.
O Conselho Tutelar orientou a mãe a registrar uma ocorrência na Polícia Civil, e a criança foi levada ao Hospital Municipal, onde a médica solicitou um exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) para avaliar a extensão dos ferimentos.
A mãe também afirmou que cobrou providências do Secretário de Educação, José Jorge Teixeira, mas até o momento não recebeu uma resposta satisfatória. “Se (a Secretaria de Educação fiscalizasse o atendimento das crianças), isso não teria acontecido”, disse a mãe. Ela relatou que a creche agora deu duas versões diferentes sobre o episódio dos hematomas e, após ir à delegacia, a creche afirmou não saber a origem dos ferimentos. “Sem contar que ele mesmo fala que se machucou na escola e ninguém ajudou”, completou.
A Secretaria de Educação de Nova Odessa ainda não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido.