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Lombofaixa em nível elevado atrapalha e vira ‘obstáculo’ para cadeirantes no Jd. Alvorada

Pessoas com deficiência e limitação física enfrentam dificuldade para atravessar lombada que dá acesso à Escola Municipal Salime Abdo; esforço adicional para superar obstáculo é ‘extenuante’

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Paulo Medina
redacao@jno.com.br

Uma lombofaixa instalada na Rua dos Mognos, em frente à Escola Municipal Professora Salime Abdo, no Jardim Alvorada, em Nova Odessa, tem criado dificuldades para moradores, especialmente aqueles com deficiência física e alguma limitação para se locomover.
Com medidas mais elevadas do que um redutor de velocidade comum, a lombofaixa dificulta o acesso de cadeirantes à escola e ao outro lado da rua, comprometendo a mobilidade e a segurança de quem mais depende de acessibilidade.
Localizada em uma região de grande fluxo, principalmente de crianças e idosos, a lombofaixa acabou se tornando um obstáculo para quem usa cadeiras de rodas. Segundo moradores, a situação demonstra falhas na gestão do trânsito da cidade e falta de planejamento da Prefeitura de Nova Odessa, que, em vez de facilitar a vida dos cidadãos, tem implementado “falsas soluções” que acabam causando transtornos.
Em um flagrante realizado pela reportagem, foi possível constatar que cadeirantes enfrentam dificuldade ao tentar atravessar a lombofaixa que dá acesso à escola. Além do risco de quedas, o esforço adicional necessário para superar o obstáculo chega a ser “extenuante” para essas pessoas, segundo moradores.
“Isso é um descaso. Essa lombada alta impede o acesso de quem mais precisa, já presenciei várias situações assim”, relatou Marisa da Silva, moradora que trabalha na região e acompanha diariamente a dificuldade enfrentada por pessoas com deficiência física.
O problema é agravado pelo fato de que o local é uma área escolar, onde as condições de acessibilidade deveriam ser priorizadas.
“Para mim a construção dessa lombada aí desrespeita as normas de acessibilidade. Essa área da escola deveria ter acessibilidade e não ser um problema de acessibilidade”, afirma Silva.
Para ela, o episódio reflete o despreparo da administração municipal em atender as necessidades básicas de acessibilidade. “Ao invés de adotar medidas inclusivas, como lombadas e rampas adequadas, a Prefeitura criou uma solução que não leva em consideração as necessidades de todos os moradores”, disse ao frisar que a instalação de redutores de velocidade é importante para garantir a segurança nas vias, mas quando mal executada, pode gerar problemas ainda maiores.
Questionada, a Prefeitura não se pronunciou sobre o assunto.