in

Justiça nega pedido de liberdade a empresário suspeito de participação na execução de Russo

Habeas corpus, com pedido de liminar, foi rejeitado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo; P.S.S. é a única pessoa presa até agora na investigação do assassinato do secretário de Governo

justica-nega-pedido-de-liberdade-a-empresario-suspeito-de-participacao-na-execucao-de-russo-jno

O empresário do ramo de pavimentação P.S.S., única pessoa presa até agora dentro das investigações sobre a execução do secretário de Governo, Marco Antonio Barion, o Russo, teve pedido de liberdade negado pelo Tribunal de Justiça. O habeas corpus, com pedido de liminar, foi protocolado por sua defesa, que alegou constrangimento ilegal. A tese, contudo, não foi aceita pelo juiz Luis Augusto Freire Teotônio. Nesta semana, a Justiça também já havia prorrogado, por mais 30 dias, a prisão temporária do suspeito, a pedido do Deic (Divisão de Investigações Criminais) de Piracicaba, responsável pelo caso.

P. foi preso pela Polícia Civil no dia 21 de fevereiro, no mesmo condomínio de apartamentos onde residia o então braço direito do prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho, no Jardim Marajoara. Os dois, aliás, eram vizinhos. De acordo com investigações, o empresário seria a pessoa que avisou os atiradores que Russo estava deixando o condomínio.

A autoria do crime segue sendo um mistério. O homem preso em fevereiro, segundo a polícia, é empresário do ramo de pavimentação asfáltica. De acordo com a delegada Juliana Ricci, ele teria avisado os atiradores do momento em que o secretário deixava o prédio. Russo e o suspeito se conheciam por questões profissionais, segundo a polícia. “Com certeza, não é o único envolvido nesse assassinato. Há ainda a participação de, pelo menos, duas outras pessoas que estavam em Fiat Uno Branco”, afirmou a delegada, em entrevista coletiva na ocasião da prisão. No apartamento deste empresário, que já havia sido interrogado em uma outra oportunidade, a polícia apreendeu cerca de R$ 44 mil em dinheiro, cuja origem o homem não conseguiu comprovar. Também foram apreendidos dois telefones celulares, uma agenda com diversos contatos e dois tablets, que devem ajudar a polícia na sequência dos trabalhos.

A delegada explicou que imagens do circuito interno do condomínio onde o empresário mora e onde Russo também moravam despertaram a atenção da equipe de investigadores, já que elas mostram o homem entrando e saindo do prédio diversa vezes com uma caminhonete Hilux branca. O veículo também aparece em outras imagens logo atrás do carro de Russo, assim que ele é executado com 13 tiros.

 

O CASO. Braço direito do prefeito Leitinho, Russo foi executado a tiros no dia 6 de dezembro do ano passado. O crime aconteceu por volta de 7h40, na esquina de um conjunto de prédios no bairro Jardim Marajoara, em Nova Odessa, no cruzamento das ruas Guilherme Klavin e Rua Rute Klavin Grikis. O local era próximo onde o secretário morava. Uma câmera de segurança flagrou o momento em que o secretário foi baleado. Pelas imagens é possível observar que um Fiat Uno branco, com rodas sem calotas, espera estacionado sob uma árvore na Rua Rute Klavin.