Muita gente reclama do emprego e, principalmente, do salário. E, convenhamos: em tempos de crise, quem é que está ganhando exatamente o que gostaria? Se você está, pode parar de ler este texto agora. Mas, se não está: ou você já se conformou ou está no lugar errado.
O nosso valor no mercado de trabalho depende de várias variáveis: área de atuação, tempo de experiência, qualificação, porte da empresa, localização… Mas há um fator decisivo que muitos esquecem: a confiança.
Sabe aquela confiança à la Susana Vieira? Sim, é o que tem faltado! Não é raro encontrar profissionais altamente qualificados, com habilidades incríveis, mas que não sabem “vender seu peixe” como deveriam. Muitas vezes, isso vem da baixa autoestima ou de uma servidão incabível, um efeito colateral de um mercado instável e em crise. O problema é quando esse medo de não encontrar algo melhor nos mantém presos em empregos que não nos valorizam. E, adivinhe? Para o mercado, isso é ótimo: mantém bons profissionais por um custo menor do que deveriam pagar.
Por isso, vale a reflexão: quanto você vale?
Se a balança não está favorável, arregaçe as mangas e vá atrás do próximo destino. Não insista no que não traz retorno. Troque de emprego, de cargo, de cliente ou de time. Se for a única maneira de conquistar o que merece, mude.
A construção da sua carreira é responsabilidade sua e não da empresa. Não espere reconhecimento financeiro se você mesmo não conhece o seu real valor. Lembre-se: uma relação de trabalho é, antes de tudo, uma transação comercial, não se iluda com marketing corporativo e amizade com seu time ou chefe. Você vende seu tempo, sua energia e seu conhecimento a um CNPJ que precisa, principalmente, gerar lucro, não gerenciar sua carreira.
No fim do mês, o que paga suas contas e viabiliza seus sonhos não são tapinhas nas costas, e sim o salário que cai na sua conta. Conheça seu preço.
Texto: Felipe Gonçalves (Jornalista, ator, publicitário e mestre em Data-Driven Marketing pela Universidade Nova de Lisboa).