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Internautas criticam Leitinho por abertura de túmulo no Cemitério de Nova Odessa em ritual

Ação do prefeito, que é investigada pela Polícia Civil, virou assunto nas redes sociais e moradores classificaram ato como ‘fim dos tempos’; prefeito mantém silêncio e não comentou investigação

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Paulo Medina
redacao@jno.com.br

O prefeito de Nova Odessa, Cláudio Schooder, o Leitinho (PSD), se tornou alvo de críticas nas redes sociais neste fim de semana após participar de um ritual no Cemitério Municipal, onde admitiu que abriu uma sepultura. A ação gerou polêmica e opiniões entre os moradores e internautas da cidade. Leitinho é oficialmente investigado pela Polícia Civil, uma vez que violar sepultura configura crime previsto no Código Penal.
Entre os internautas, os comentários variam entre críticas diretas à ação e preocupações com o teor religioso do ato. A moradora Erica Tatiane comentou com sarcasmo: “Não me surpreende nada políticos fazendo esses rituais”. Já Adriana Gomes expressou choque: “Fim dos tempos, misericórdia, pastor, ritual, affff só Deus mesmo viu (…)”. Outro comentário, de Beth Posse, criticou o episódio. “Ritual divino? Isso está me parecendo ritual satânico”, disse.
Nem o prefeito Leitinho nem a administração municipal emitiram uma nota oficial para esclarecer a situação.
No último sábado (21), o JNO mostrou que Leitinho é alvo de uma queixa-crime após admitir, no púlpito de uma igreja, que violou uma sepultura no Cemitério Municipal. O episódio, que teria ocorrido no dia 12 de setembro deste ano, foi registrado em boletim de ocorrência e é formalmente investigado pela Polícia Civil. O caso também foi levado ao Ministério Público Estadual.
A denúncia foi apresentada pelo advogado Victor Bernardes da Silveira, que solicitou a investigação após receber um vídeo em que Leitinho relata o caso em um púlpito de uma igreja. No vídeo, o prefeito descreve que, acompanhado de pastores, realizou um ritual simbólico no cemitério, onde o grupo andou 54 passos para a esquerda até encontrar a lápide da “Família Carlos”. Leitinho afirma que, sob “orientação divina”, escolheu um dos dois túmulos da família e abriu a sepultura.
Leitinho relatou que, ao abrir o túmulo pela primeira vez, não encontrou nenhum corpo. No entanto, após uma nova tentativa, afirmou ter encontrado um “chifre de boi” dentro da sepultura.
A denúncia ressalta que a violação de sepultura é um crime previsto no artigo 210 do Código Penal, que estipula pena de reclusão de um a três anos, além de multa, para quem violar ou profanar sepultura ou urna funerária. O caso também foi registrado como infração ao artigo 212, que trata do vilipêndio a cadáver ou suas cinzas, cuja pena é de detenção de um a três anos e multa.
A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que o caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia Seccional de Americana.