Respirar juntas para transformar o mundo.
No último dia 14, vivi um daqueles momentos na vida que nos tocam a alma.
Tive o privilégio de participar do lançamento da obra Mulheres que Transformam e, para mim, participar deste projeto, como coautora, foi um marco de amor e responsabilidade. Amor pela caminhada que me trouxe até aqui — cheia de desafios, recomeços e descobertas — e responsabilidade por saber que cada palavra pode ser semente na vida de outras mulheres.
Minha história começa no campo da educação, onde por anos atuei com a missão de formar pessoas. Mas a vida, com sua sabedoria silenciosa, me levou a escutar um chamado mais profundo. Em meio a momentos difíceis, de sobrecarga e silenciamentos, percebi que havia algo essencial sendo ignorado: a minha própria respiração.
Foi quando aprendi, na prática, que respirar cura.
Que o simples ato de inspirar e expirar, com presença, nos devolve a nós mesmas. A respiração consciente entrou na minha vida como quem abre uma janela em um quarto escuro: trazendo luz, direção, alívio e recomeço.
A partir dessa descoberta, nasceu em mim um novo propósito: ensinar pessoas a respirar com consciência. Transformar o que vivi em ferramenta de cuidado, autonomia emocional e reconexão. Hoje, conduzo práticas, jornadas e atendimentos que ajudam homens e mulheres a reencontrarem sua essência — e tudo começa com um único gesto: inspirar com intenção.
Fazer parte desta obra, ao lado de mulheres que também contribuem e transformam o mundo, reforça uma certeza que carrego: quando uma mulher se encontra, ela inspira outras a fazer o mesmo. E quando nos apoiamos, criamos redes capazes de sustentar a vida.
Por isso, é impossível falar dessa obra sem que a alma seja tocada, pois o propósito da obra vai muito além da escrita. O propósito reconhece e apoia iniciativas como o Programa Bem Querer Mulher, que acolhe mulheres vítimas de violência e promove oportunidades reais de recomeço. A transformação começa com o cuidado. E cuidado exige presença — exige escuta, exige ação.
Acredito que toda mulher carrega dentro de si o poder de ser abrigo, ponte e farol. Mas isso não se constrói sozinha. É no encontro com outras, na troca, no apoio mútuo, que nos lapidamos dia após dia como diamantes.
Hoje, respiro com gratidão por estar neste livro. Por fazer parte de um movimento que une histórias, dores, superações e conquistas. Histórias reais, de mulheres reais, que escolheram transformar o mundo começando por si mesmas, mulheres que se abraçam e que abraçam causas.
Que possamos continuar respirando juntas. Por nós, por outras, por todas.
Abraços de Paz e Bem!