POR QUE CONTINUAMOS PRESOS AO QUE NOS FAZ MAL?
Como padrões emocionais inconscientes adoecem o corpo e sabotam a vida.
Quer saber como sair disso com um simples passo?
Continue a leitura que proponho aqui:
Você já se perguntou por que, mesmo sabendo o que é melhor para sua saúde, seus relacionamentos ou sua paz mental, continua repetindo os mesmos comportamentos autodestrutivos? Pode ser aquele excesso de trabalho, um hábito alimentar prejudicial, uma relação tóxica, vicio em drogas lícitas ou ilícitas, ou mesmo uma postura mental negativa, como o vitimismo ou o excesso de controle. Muitas vezes, não é falta de vontade de mudar, é o sistema nervoso e emocional preso em padrões antigos, alimentados pela repetição e pelo medo.
A ciência explica que corpo humano é programado para a sobrevivência, não para a felicidade. Quando vivemos por muito tempo sob estresse, traumas ou inseguranças, criamos caminhos neurológicos automáticos, verdadeiras trilhas emocionais que nos mantêm funcionando no “modo proteção”. Com o tempo, isso gera uma forma de dependência emocional até do que nos faz mal, porque o conhecido dá uma sensação (ainda que ilusória) de controle.
Estudos em neurociência mostram que mais de 90% dos pensamentos e comportamentos diários são repetitivos e inconscientes (Lipton, 2005). Isso significa que estamos operando no “piloto automático” e não é raro que esse piloto esteja ligado ao medo, à escassez ou à autossabotagem.
Padrões emocionais destrutivos ativam o sistema de estresse crônico, fazendo com que o corpo libere continuamente, portanto em excesso, hormônios como cortisol e adrenalina. Com o tempo, isso causa impactos profundos: inflamação, problemas cardíacos, distúrbios digestivos, insônia, queda da imunidade e até alterações genéticas (Harvard Medical School, 2018). A ciência já comprova que o estresse emocional contínuo pode ser mais tóxico ao corpo que muitos vírus ou substâncias químicas.
E o mais triste: não adoecemos sozinhos. Nosso campo emocional influencia filhos, parceiros, colegas de trabalho e até o ambiente onde vivemos. Estamos o tempo todo impactando e sendo impactados. Por isso, mudar padrões não é só um ato de amor próprio — é uma forma de cura coletiva.
Mas como sair desse ciclo?
Comece com a respiração.
Sim, parece simples demais para ser verdade. Mas a respiração é a única função do corpo que é automática e voluntária ao mesmo tempo. Isso significa que podemos usá-la como uma chave para acessar o sistema nervoso e reprogramar a resposta emocional.
Enquanto lê estas palavras comece a perceber como está seu ritmo de respiração neste exato momento. Perceba seus batimentos e então se permita respirar consciente, experimente fazer a técnica proposta abaixo:
Respiração Coerente
1.Sente-se com a coluna ereta.
2.Inspire lentamente pelo nariz contando até 6.
3.Expire também pelo nariz, contando até 6.
4.Repita por 2 a 5 minutos, observando como seu corpo responde.
Essa prática ativa o nervo vago, responsável por equilibrar o sistema nervoso autônomo, reduz o cortisol, melhora o foco e a clareza emocional. Em pouco tempo, você começará a perceber mais espaço entre o impulso e a ação — e é nesse espaço que nasce a liberdade de escolher diferente.
Mudar padrões destrutivos começa com uma pausa consciente. E toda transformação começa pela respiração.