Paulo Medina
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O idoso Ademar Camilo da Silva, de 71 anos, enfrenta dificuldades para conseguir medicamento essencial para tratar sua bronquite. Atendido na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Éden, ele não tem encontrado o remédio Alenia, necessário para seu tratamento. O idoso, que depende desse medicamento, precisa gastar R$ 100 para comprá-lo em uma farmácia particular.
“Eu não tenho outra opção, o remédio é caro e, infelizmente, não consigo encontrar na UBS”, relatou Ademar, demonstrando preocupação com a situação. A bronquite é uma condição pulmonar que afeta as vias respiratórias e pode ser especialmente perigosa para pessoas idosas. Sem o medicamento adequado, as crises se tornam mais frequentes, comprometendo a qualidade de vida do paciente.
Ademar, que vive com recursos financeiros limitados, também precisa da ajuda de terceiros para fazer a compra dos medicamentos. “Às vezes, eu não tenho condições de comprar, então tenho que contar com a boa vontade de outras pessoas “, contou ele.
A despesa de R$ 100 por um único medicamento pesa bastante no orçamento de Ademar, que lamenta a falta de suporte. Para ele, o poder público deveria garantir o fornecimento desse remédio para quem depende do SUS.
O problema não é uma exclusividade de Ademar, segundo relatos de outros moradores. A falta de medicamentos básicos tem gerado insatisfação entre os pacientes, especialmente entre a população mais vulnerável, como idosos e pessoas com doenças crônicas.
No mês passado, o Jornal de Nova Odessa mostrou que falta remédio para tratar a doença de Parkinson. Vanessa Isildinha dos Santos, moradora do Jardim Monte das Oliveiras, vive uma dura realidade ao buscar medicamentos para sua mãe, que tem 56 anos. Desde janeiro deste ano, Vanessa relatou que não consegue os remédios necessários na rede pública de saúde. A moradora chegou a cobrar o prefeito Leitinho (PSD) sobre o problema, mas ele não a respondeu, segundo ela.
A situação tem imposto um grande peso financeiro sobre a família, que está gastando R$ 470 por mês apenas para garantir os medicamentos essenciais.
OUTRO LADO. Questionada, a Prefeitura de Nova Odessa não se pronunciou sobre a falta de medicamento.