A cidade de Nova Odessa volta a ser alvo de duras críticas por parte da população, desta vez por conta do atendimento prestado no hospital municipal a uma idosa de 89 anos. Em denúncia publicada nas redes sociais, a moradora Beth Dias relatou que, mesmo após levar sua mãe ao hospital duas vezes na mesma semana, a paciente não recebeu o atendimento prioritário garantido por lei.
A situação se agrava quando a própria denunciante revela que a profissional responsável pelo atendimento afirmou que “cada caso é um caso”, minimizando a importância da idade da paciente. “89 anos é prioritário. Sr. Prefeito Leitinho, que tal dar um curso sobre o que é ser PRIORITÁRIO?”, escreveu Beth em tom de revolta, citando o chefe do Executivo, Cláudio José Schooder, o Leitinho.
A publicação rapidamente repercutiu e gerou uma onda de indignação entre outros moradores. Um dos comentários na postagem resume bem o sentimento coletivo: “Do que adianta um prédio reformado se o essencial não é feito?” A frase expõe a frustração da população diante de uma gestão que investe na aparência da estrutura, mas falha em garantir o básico — atendimento digno e humanizado.
A crítica é direcionada diretamente à Secretaria Municipal de Saúde, sob responsabilidade do Dr. Lucas Bento da Silva Isepon, e seu secretário adjunto, Carlos Thiago Jirschik da Cruz. Ambos, junto ao prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho, são cobrados por respostas e ações concretas.
A situação descrita contraria frontalmente o que determina o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003), que assegura atendimento preferencial às pessoas com 60 anos ou mais, tanto em serviços públicos quanto privados. A negligência no cumprimento dessa lei escancara a falta de preparo da equipe e a ausência de uma gestão comprometida com o bem-estar da população mais vulnerável.
Diante do desabafo, surgem questionamentos inevitáveis: como uma paciente de 89 anos pode ser tratada com tamanha indiferença? Que tipo de orientação está sendo dada aos profissionais da saúde? E, principalmente, até quando os idosos de Nova Odessa seguirão sendo vítimas da ineficiência administrativa?
O caso escancara a necessidade urgente de capacitação das equipes de atendimento e de uma reestruturação ética e operacional na rede pública municipal. Respeitar o idoso não é favor, é obrigação legal e moral. A gestão municipal deve respostas à população – e ações concretas, não apenas discursos.
Até o momento, não houve manifestação oficial por parte da Prefeitura. A população segue aguardando respostas — e, mais do que isso, mudanças efetivas. Porque não basta reformar prédios: é preciso cuidar de pessoas.
Atualização 13/05/2025
Após a publicação da matéria, a Prefeitura de Nova Odessa, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, enviou uma nota solicitando que a denúncia seja formalizada pela cidadã através da Ouvidoria da Saúde, pelos canais oficiais: telefone (19) 3466-1495, ramal 205, ou e-mail saudeouvidoria@novaodessa.sp.gov.br.
A secretaria informou que, com o registro, poderá apurar devidamente o caso e adotar eventuais providências junto aos profissionais envolvidos, reforçando o compromisso com um atendimento cada vez mais qualificado à população.