O SSPMANO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Odessa) marcou para sexta-feira, dia 8, o início da greve do funcionalismo em razão do não acordo entre a categoria e a prefeitura referente ao dissídio salarial de 2022. Um ofício foi protocolado nesta segunda-feira por representantes da entidade sindical, informando o prefeito Claudio José Schooder, o Leitinho, sobre a paralisação. “A greve será instalada a partir das 0h de sexta-feira. E contamos com a presença, já na manhã de sexta, dos servidores da educação, da saúde, da segurança, enfim, de todos os setores em frente a prefeitura”, disse o presidente do sindicato, Adriano José do Carmo Rosa, em vídeo publicado nas redes sociais do SSPMANO.
No mesmo vídeo, Carmo se disse “surpreso” com o fato de a Prefeitura ter protocolado no Ministério Público do Trabalho um pedido de tutela de urgência, para que fossem estipuladas multas ao sindicato caso os serviços essenciais sejam prejudicados. “Sem ter a greve instalada, eles (prefeitura) entraram com o pedido de tutela antecipada. E ainda pediram uma audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para o dia 5, ou seja, amanhã (hoje), sem que a greve tenha sido instalada. É a mesma coisa de eu ir na delegacia registrar um boletim de ocorrência por furto, sem que o carro tenha sido furtado, só porque eu acho que ele vai ser furtado”, afirmou o sindicalista.
Ao JNO, a prefeitura confirmou que ingressou, ainda na sexta-feira, com uma ação de dissídio coletivo no TRT da 15ª Região, com sede em Campinas. “A ação com pedido de liminar visa preservar os atendimentos essenciais à população em áreas como Saúde, Educação e Segurança Pública mesmo em caso de paralisação de parte da categoria”, alega a Administração.
Ainda de acordo com a Prefeitura, em sua primeira decisão no caso, o desembargador do Trabalho Francisco Alberto da Motta Peixoto Giordani marcou para hoje, às 14h30, uma audiência de mediação e conciliação de forma presencial. “Os pedidos liminares serão apreciados oportunamente, mediante comprovação efetiva do início do movimento paredista e da prática de atos de violência contra pessoas e bens”, aponta o magistrado na decisão, datada de 02/04.
SEM ACORDO. O último encontro entre sindicato e prefeitura aconteceu na sexta-feira e terminou sem acordo. Mesmo assim, a Prefeitura de Nova Odessa disse que vai encaminhar à Câmara, projeto de lei com a proposta de 10,5% de reajuste no salário da categoria referente ao dissídio. O percentual foi rejeitado pelos servidores, em assembleia realizada na quarta-feira, em frente ao Paço Municipal, quando os trabalhadores decidiram pela greve. O vice-presidente do sindicado, Luis Fernando Nascimento da Silva, afirmou que a entidade vai estudar as medidas cabíveis contra a decisão do governo do prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho.