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Gestão Leitinho deve R$ 80,7 mil para empresa de insumos hospitalares há mais de 100 dias

Empresário afirma que dívida da Prefeitura de Nova Odessa coloca em risco a continuidade do funcionamento da empresa; administração acumula débitos com outros fornecedores, como empresa de exames de imagem

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Paulo Medina
redacao@jno.com.br

A administração municipal de Nova Odessa, sob a responsabilidade do prefeito Claudio Schooder, o Leitinho (PSD), coleciona outra acusação de inadimplência. A empresa Medical Insumos, fornecedora de materiais hospitalares, cobra da Prefeitura o pagamento de uma dívida de R$ 80.748,96, referente à entrega de luvas nos dias 10 e 19 de junho deste ano. A dívida já se arrasta há mais de 100 dias, comprometendo a saúde financeira da empresa e colocando em risco a continuidade de suas operações.
O empresário Rogério Vieira, proprietário da empresa fornecedora da Prefeitura, destacou sua frustração com a falta de resposta por parte do prefeito e afirmou que a situação já levou sua empresa a um estado crítico, próximo da insolvência.
“Eu vendi material de insumos hospitalares para a Prefeitura de Nova Odessa e eles estão me devendo há mais de 100 dias. Isso comprometeu toda a logística da minha empresa, a parte financeira. Estou impossibilitado de comprar com alguns fornecedores. Minha empresa está chegando próximo da insolvência”, desabafou o empresário.
Segundo Vieira, ele já tomou diversas medidas na tentativa de receber o valor devido. Ele afirmou que já denunciou o caso ao Tribunal de Contas, formalizou uma notificação extrajudicial ao prefeito, além de entrar em contato diretamente com o responsável pelo setor financeiro da Prefeitura. “Já falei com o responsável pelo financeiro, mas ele não me responde. Mandei toda a documentação que recebi, inclusive do Tribunal de Contas, para o prefeito e até agora nada”, completou o empresário.
DÍVIDA COM EXAMES
A Prefeitura também possui débitos com a empresa Digmax, responsável pela realização de exames de imagem, e devido à falta de pagamento, a empresa reduz a oferta de exames apenas para casos de urgência e emergência. A dívida pode aumentar o tempo de espera para realização de exames na cidade. A empresa realiza exames como ressonância magnética, tomografia computadorizada, mamografia digital, ultrassonografia, densitometria óssea e raios-X digital.

SALÁRIOS MÉDICOS
Além disso, foi denunciada a redução no atendimento psiquiátrico no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), instalado na UBS (Unidade Básica de Saúde) 7, no Jardim Nossa Senhora de Fátima, prejudicando o acompanhamento de pessoas que necessitam de cuidados especializados de saúde mental. O motivo foi o atraso no pagamento de médicos.

PARCELAMENTO DA ENERGIA
Recentemente, Leitinho recorreu em regime de urgência à Câmara Municipal e pediu autorização para o parcelamento de uma dívida de R$ 10 milhões com a CPFL e o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). A dívida e o projeto foram classificados por vereadores de oposição como “loucura sem tamanho”, “cheque em branco” e “desgoverno”. Em meio à grave situação financeira, o governo municipal pediu o parcelamento do débito em até 60 vezes. Até o momento, a Prefeitura de Nova Odessa não se manifestou publicamente sobre os casos.