in

Funcionária da PMNO é acusada de distribuir cestas básicas para moradores de Sumaré

Doação de produtos de cesta básica a moradores de cidade vizinha é denunciada; Câmara Municipal fez questionamentos e vereadores apontam falta de transparência na distribuição das cestas

tce-da-10-dias-para-empresa-denunciada-por-supostas-irregularidades-apresentar-defesa-jno
Mais um contrato firmado pelo governo Leitinho é questionado no Tribunal de Contas do Estado

Paulo Medina
redacao@jno.com.br

Uma funcionária da Prefeitura de Nova Odessa é acusada de supostamente distribuir cestas básicas, arrecadadas pelo setor Social da Prefeitura, para moradores da cidade vizinha, Sumaré. As doações, prioritariamente, deveriam ser destinadas às pessoas em situação de vulnerabilidade social em Nova Odessa. A falta de transparência na doação de cestas básicas já é questionada na Câmara de Nova Odessa até mesmo por vereadores da base do prefeito Claudio Schooder, o Leitinho (PSD), na véspera das eleições municipais.
A denúncia, feita por uma moradora que pediu para manter o anonimato, trouxe à tona preocupações sobre o controle e a distribuição dos recursos assistenciais em Nova Odessa. “Essa funcionária traz cestas básicas para moradores de Sumaré, por quê? Está certo isso?”, indagou a fonte.
A distribuição de cestas básicas tem chamado a atenção até mesmo de vereadores que compõem a base de apoio do prefeito.
Na Câmara Municipal, a falta de transparência na distribuição das cestas tem sido assunto, com parlamentares questionando a gestão e o destino dos itens arrecadados para a assistência social.
Até mesmo a vereadora Márcia Rebeschini, defensora do prefeito, questiona o chefe do Executivo, a respeito da distribuição de cestas básicas. Em meio à proximidade das eleições, a vereadora apresentou o requerimento nº 340/2024, solicitando informações detalhadas sobre a distribuição de cestas pelo Fundo Social de Solidariedade.
Márcia busca esclarecer os procedimentos adotados pelo Executivo para a doação desses itens à população. A iniciativa veio após respostas do prefeito ao Requerimento nº 232/2024, também de autoria da vereadora, que trouxe à tona uma série de dúvidas sobre a transparência e os critérios aplicados na distribuição das cestas.
Entre os pontos mais sensíveis, a vereadora destaca a ausência de um cadastro mantido pelo Fundo Social de Solidariedade, fato que pode levantar suspeitas quanto à imparcialidade na distribuição dos benefícios.
Leitinho, em respostas de requerimentos, explicou que os critérios para a distribuição das cestas são baseados na vulnerabilidade social e em situações de emergência, com cerca de 400 famílias sendo assistidas mensalmente. Contudo, a vereadora questiona sobre a falta de divulgação pública dos beneficiários, uma prática que, segundo o IBAM (Instituto Brasileiro da Administração Municipal), deveria ser adotada de maneira transparente.
Rebeschini também questiona a possibilidade de divulgação dessas informações nos meios eletrônicos oficiais do Poder Executivo, conforme orientações da Lei de Acesso à Informação.
A Prefeitura de Nova Odessa não se posicionou sobre o caso.