Nova Odessa tem a 174ª maior renda média da população dentre os 677 municípios brasileiros com 50 mil habitantes ou mais, mostra a mais recente edição da pesquisa “Mapa da Riqueza”, desenvolvida e divulgada recentemente pelo FGV Social. Dentre os municípios vizinhos, a cidade fica atrás apenas de Americana, que aparece na posição de número 38.
No estudo, foram usados os dados gerais do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) de 2020, disponibilizados pela Receita Federal do Brasil. Naquele ano, a renda média dos declarantes do IR em Nova Odessa (23,53% da população total) foi de R$ 6.036,45 mensais, e o patrimônio líquido, de R$ 182.928,64. Já a renda média da população como um todo foi de R$ 1.420,38 mensais (na 174ª colocação geral), e o patrimônio, de R$ 43.043,27 (posição 195 no ranking geral nacional).
Para comparação, a população de Americana tem renda média mensal de R$ 2.229,81, enquanto o município brasileiro com maior renda média mensal é Nova Lima/MG, na Grande Belo Horizonte (R$ 8.897,00). Já o grande município brasileiro de menor renda média é Ipixuna do Pará/PA (apenas R$ 70,63 por habitante por mês). A renda média do brasileiro é de R$ 1.310,00, e o patrimônio líquido, de R$ 47,4 mil.
Por isso, a principal conclusão do estudo, que une unindo a base de dados do IRPF (Imposto de Renda das Pessoas Físicas) à da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é que “a desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado”.
“O índice de Gini chegou a 0.7068 em 2020, bem acima dos 0,6013 calculados apenas a Pnad contínua. Cada 0,03 pontos equivale a uma grande mudança da desigualdade. Para o cálculo do Gini, quanto mais perto de 1 está o índice, maior é a desigualdade. Se a fotografia da distribuição de renda é péssima, o filme da pandemia também é. Mesmo com o Auxílio Emergencial, ao contrário do que se acreditava, a desigualdade brasileira não caiu durante a pandemia”, explicam os autores.
“Este estudo mapeia fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir do último IRPF disponível. Esta análise é útil para desenho de reformas nas políticas de impostos sobre a renda e sobre o patrimônio”, descreve a FGV Social em seu site.
Os rankings interativos podem ser consultados em https://www.cps.fgv.br/cps/bd/docs/ranking/TOP_Municipio2020mais.htm. Saiba mais sobre o estudo em https://cps.fgv.br/riqueza, https://cps.fgv.br/destaques/fgv-social-lanca-pesquisa-mapa-da-riqueza-no-brasil e https://portal.fgv.br/noticias/mapa-riqueza-dados-ineditos-mostram-brasilia-e-lugar-maior-renda-pais.