Da Redação
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Em crise financeira e para evitar um “apagão”, a Prefeitura de Nova Odessa parcelou a dívida de R$ 724 mil com a CPFL Paulista. O acordo foi confirmado ao JNO pela assessoria de imprensa da concessionária de energia elétrica e motivou requerimento do vereador Elvis Garcia, o Pelé. No documento, o parlamentar quer saber, entre outras coisas, os motivos que justificaram o não pagamento das faturas.
O valor da dívida com a CPFL foi informado pela própria prefeitura, em resposta a outro requerimento de Pelé – também assinado pelo vereador Levi Tosta -, que buscava informações sobre a quebra da ordem cronológica de pagamentos, após a publicação do decreto 4.731, que deu início a um processo de corte de despesas para adequar o caixa do município à realidade financeira do Executivo.
Questionada, a CPFL Paulista confirmou à reportagem do JNO “que firmou recentemente acordo junto à Prefeitura de Nova Odessa e, no momento, não há pendências entre o município e a concessionária”. Procurada para comentar o débito e o parcelamento da dívida junto à CPFL, a prefeitura não se manifestou até o fechamento da edição.
CRISE
Em outubro do ano passado, o prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho, assinou o decreto 4.731 que deu início a um processo de corte de despesas na prefeitura. A Administração, contudo, não explicou até hoje o valor que pretende economizar com o corte de despesas e de que forma isso será feito, bem como as secretarias atingidas.
O rombo nas contas da Prefeitura de Nova Odessa passou de R$ 29 milhões no 5º bimestre deste ano. De acordo com o Relatório Resumido da Execução Orçamentária publicado pela própria Administração, entre janeiro e outubro, a prefeitura arrecadou pouco mais de R$ 249.620 milhões em receitas. Contudo, no mesmo período, as despesas liquidadas totalizaram R$ 278.904 milhões, resultando num déficit orçamentário de R$ 29.284 milhões até o quinto bimestre deste ano.