A Defesa Civil do Estado emitiu um alerta sobre a possibilidade de volumes altos de chuva nos próximos dias na RMC (Região Metropolitana de Campinas), que engloba Nova Odessa. De acordo com o órgão, a previsão é de até 100 milímetros acumulados até amanhã, sexta-feira. “Como há previsão de acumulados elevados, somado com o fato de o solo já se encontrar encharcado, ressalta-se a importância de atenção especial às áreas mais vulneráveis, pois haverá risco de deslizamentos, desabamentos, alagamentos, enchentes e ocorrências relacionadas a raios, ventos e granizo”, diz nota.
Dados do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp apontam que, até agora em fevereiro, já foram contabilizados 139 milímetros de chuva na região. Ou seja, caso a nova previsão da Defesa Civil se confirme, choverá, em 4 dias, 71% do volume registrado nos 20 dias anteriores. Além disso, com mais 100 milímetros, a região de Campinas superaria a média histórica para o mês de fevereiro, que, pela medição do Cepagri, é de 192 milímetros.
RADAR. Na semana passada, a Unicamp reabriu a licitação para compra do radar que vai permitir a implantação do Centro de Meteorologia da RMC (Região Metropolitana de Campinas). O equipamento será adquirido com R$ 3 milhões repassados pela Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas), através do Fundocamp, e outros R$ 3 milhões que serão investidos pela própria universidade. A sessão para a escolha da empresa que fornecerá o radar está marcada para o dia 9 de março.
A pesquisadora do Cepagri, Ana Ávila explicou que inicialmente o valor total estava previsto em R$ 3 milhões, contudo, esta era uma projeção divulgada a partir de discussões que começaram a ser realizadas em 2018. O valor de investimento foi alterado, segundo ela, por conta de atualizações no período que contemplam alta nos preços de peças, mudança na cotação do dólar e ajustes técnicos.
Atualmente, as previsões do tempo são realizadas a partir de modelos numéricos para dias, enquanto as estações meteorológicas fazem monitoramento. Já os radares oferecem dados imediatos sobre horas posteriores. “Os modelos são baseados em complexas equações matemáticas que descrevem física da atmosfera e simulam as condições de tempo futuro, e as estações medem as condições de chuva, temperatura e pressão atmosférica. O radar pode fazer uma varredura a cada dez minutos”.