Um morador do Jardim Santa Rosa, em Nova Odessa, voltou a escancarar um problema que já se tornou rotina na cidade: o descarte irregular de entulho. A situação foi registrada nesta semana na Rua Júlio Marmile, onde montes de restos de obras e lixo doméstico foram abandonados na calçada, comprometendo o visual da via e a saúde pública.
Indignado, o morador questiona:
“Há disponibilidade de Ecopontos no município, mas falta consciência tanto no descarte e pior ainda na contratação do serviço. Será que aceitariam jogar entulho/lixo na porta de sua mansão?”.
A denúncia se soma a uma série de episódios semelhantes registrados em diferentes pontos de Nova Odessa. Em um dos casos, o descarte de entulho às margens da Represa do Laurindo revoltou populares e levantou questionamentos sobre a ausência de fiscalização. Em outro, moradores da Rua Ernesto Rensi, na Vila Azenha, denunciaram o acúmulo constante de lixo e entulho deixados por carroceiros e caminhões, sem qualquer tipo de controle por parte do poder público.
A crise na coleta e destinação de resíduos tem se intensificado a tal ponto que já causa desconforto até mesmo entre apoiadores da atual administração. Em um episódio emblemático, um aliado do prefeito Leitinho chegou a pedir publicamente a retirada de um contêiner instalado em frente à própria residência, o que evidencia a crescente insatisfação com a forma como a cidade vem lidando com seus resíduos sólidos.
Enquanto a Prefeitura se esquiva de respostas efetivas e a fiscalização segue falha, moradores seguem enfrentando o descaso diariamente. A promessa de organização e consciência ambiental, tanto por parte do poder público quanto da população, continua sendo apenas um discurso.
O cenário escancara que o problema não é pontual, mas estrutural. Sem políticas firmes de educação ambiental, fiscalização constante e punição a infratores, Nova Odessa afunda cada vez mais em sua própria crise do lixo.