BATE
Coincidência ou conveniência?
O servidor municipal Marcos Santos, que ano passado acusou o ex-prefeito e então pré-candidato a prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza (PL) de agressão, voltou ao centro das atenções. Desta vez, não por novas denúncias, mas por uma nomeação que causou estranheza nos bastidores políticos de Nova Odessa.
Vídeo
Poucos dias após divulgar um vídeo cobrando atenção do prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD), Marcos foi designado a um cargo de confiança como encarregado, subindo seu nível dentro da Prefeitura.
Mensagens a Leitinho
No vídeo, publicado nas redes sociais, Marcos afirma que enviou mensagens ao prefeito, mas não obteve resposta. Pede então que alguém o avise para que o prefeito o responda. “Espero que a gente esteja junto, prefeito, coisa de amigo”, disse de forma direta, mas com um certo tom de cobrança e apelo emocional.
Burburinho
A gravação causou burburinho e especulações. Pouco depois, em 23 de abril, o Diário Oficial trouxe a nomeação de Marcos para a função de confiança.A movimentação levanta uma série de questionamentos: o que, de fato, aconteceu na relação entre Marcos e Leitinho? Havia um distanciamento? Um mal-entendido? Ou será que o vídeo foi uma forma indireta de pressão para ser lembrado e agraciado? E mais: o cargo foi concedido por mérito?
Celular
Vale lembrar que Marcos, em maio do ano passado, acusou o ex-prefeito de subir em um caminhão da Coopersonhos, onde estava o servidor, e agredi-lo com tapas no peito, derrubando seu celular no chão. O caso ganhou repercussão política imediata.
Nomeação
Menos de um ano depois desse caso, veio a nomeação, que reacende o debate sobre o uso político de cargos públicos. A dúvida é inevitável: foi uma reaproximação genuína entre o servidor e Leitinho, ou um gesto para manter o aliado por perto em tempos de tensão eleitoral?
Falta critério?
A população de Nova Odessa, que assiste a dança de cadeiras na Prefeitura, merece mais do que silêncio. Transparência, neste momento, é o mínimo. Afinal, será que houve apenas um “mal-entendido entre amigos”, ou estamos diante de mais um episódio de bastidores que escancara a falta de critério no uso da máquina pública?