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Cetesb concede licença para Trem Intercidades e destaca os ganhos ambientais para a região

Trem Intercidades Eixo Norte deve remodelar o transporte ferroviário de passageiros e de cargas da RMC; Cetesb afirmou que modal reduzirá emissão de poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa

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Paulo Medina
redacao@jno.com.br

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) concedeu no último dia 26 de setembro a Licença Ambiental Prévia para o TIC (Trem Intercidades Eixo Norte). O projeto é considerado um dos mais relevantes para a RMC (Região Metropolitana de Campinas).
O projeto do Trem Intercidades tem o objetivo de remodelar o transporte ferroviário de passageiros e de cargas entre as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas com a oferta de novos serviços e segregação definitiva do transporte ferroviário de cargas do deslocamento de viajantes.
O propósito do novo sistema é estabelecer uma rede ferroviária estruturada em eixos para atender demandas de deslocamentos entre cidades-polo das regiões metropolitanas e aglomerados urbanos do estado de São Paulo.
O TIC entrará em operação, segundo o projeto, em 2029, e deverá atender diariamente mais de 500 mil passageiros, com estimativa, no pico das obras, de 10.500 trabalhadores diretos.
“Além dos benefícios diretos à qualidade de vida da população, o transporte de passageiros pelo modal contribuirá significativamente com o meio ambiente, tendo em vista a provável diminuição da emissão de poluentes atmosféricos e gases de efeito estufa”, afirmou Mayla Fukushima, diretora de Avaliação e Impacto Ambiental da Cetesb.
Técnicos ainda projetam que a demanda pelo TIC Eixo Norte aumente ao longo dos anos. Em 2035, devem ser transportados diariamente 564 mil passageiros. Esse número deve chegar a 672 mil em 2050.
Os municípios contemplados pelos trechos dos modais somam uma população de 15 milhões de pessoas, que serão beneficiadas pelas novas alternativas de rota.
Com o Trem Intermetropolitano, também chamado de trem parador, trabalhadores que viajam entre Jundiaí e Campinas diariamente, por exemplo, serão beneficiados diretamente.
A iniciativa do Governo de São Paulo, feita por meio de Parceria Público-Privada, além de facilitar a circulação de pessoas na região, vai ajudar na geração de emprego, valorização imobiliária e atração de investimentos.
O modelo também ajuda a desafogar as rodovias, o que reduz acidentes e aumenta a sustentabilidade, considerando que o TIC usará trens elétricos.
Atualmente, o trecho São Paulo-Campinas pode ser realizado por meio de automóveis, fretados ou combinando trem e ônibus. Segundo dados da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo), 74 milhões de veículos percorreram o trajeto entre Campinas e a capital paulista em 2023. Foram mais de 90 mil viagens realizadas pela via do fretamento no período.