O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou a construção de um novo hospital estadual em Campinas com capacidade para até 400 leitos. A unidade será voltada ao atendimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC) e deve ajudar a aliviar a sobrecarga registrada nas últimas semanas em hospitais da região.
A confirmação foi feita durante agenda oficial em Indaiatuba no sábado (7) e reforçada durante sua participação no Rodeio de Americana, ocasião em que o governador também comentou a medida ao Jornal de Nova Odessa.
O hospital será construído próximo ao Hospital Municipal Mário Gatti, em área que está sendo negociada com a Prefeitura de Campinas. A proposta segue o modelo do Hospital Rota dos Bandeirantes, em Barueri, mas com estrutura ampliada.
“A ideia é fazer um projeto semelhante ao que entregamos em Barueri, com 365 leitos. Aqui, queremos algo um pouco maior, chegando a 400 leitos, para reforçar os 3.100 já existentes na região metropolitana”, afirmou Tarcísio.
Situação crítica no atendimento
O anúncio vem após a divulgação de um cenário de superlotação nos prontos-socorros do Hospital de Clínicas da Unicamp e do Hospital PUC-Campinas, que relataram atendimentos nos corredores e falta de leitos para novos pacientes.
Além da nova unidade, o governador informou que alas do HC da Unicamp serão reformadas para ampliar a capacidade de atendimento, dentro de um conjunto de ações para reforçar a estrutura hospitalar regional.
Medidas emergenciais e rede privada
Enquanto o hospital não sai do papel, o Estado prepara um chamamento público para contratação de serviços da rede privada, tanto ambulatoriais quanto emergenciais. Tarcísio também citou o esforço para ampliar a oferta de hemodiálise, outro ponto crítico no atendimento do SUS na região.
Além disso, está em estudo a reativação de unidades paradas em municípios próximos. “Conversamos com o prefeito Edmir Chedid para retomar um hospital parado e viabilizar 60 novos leitos que possam ajudar a desafogar a pressão em Campinas”, declarou.
Benefício regional
O novo hospital terá perfil regionalizado, com atendimento voltado não só a Campinas, mas também a cidades como Nova Odessa, Americana, Hortolândia, Sumaré, Paulínia, Indaiatuba e Jaguariúna.
A licitação para a obra está prevista para o segundo semestre deste ano, com previsão de construção entre 24 e 36 meses, dependendo do andamento dos trâmites. “Vamos colocar bastante recurso para acelerar esse cronograma”, afirmou o governador.