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Câmara questiona dívida da Administração Municipal de R$ 11 milhões com CPFL e INSS

Em dezembro de 2024, Nova Odessa acumulava R$ 2,7 milhões em débitos com a CPFL, valor que foi parcelado em 60 vezes, e débitos previdenciários chegavam a R$ 8,2 milhões, também parcelados

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A administração do prefeito Leitinho (PSD) volta a ser motivo de questionamentos na Câmara Municipal de Nova Odessa, desta vez em razão de uma dívida milionária acumulada com a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) e com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Por meio de requerimento, apresentado pelos vereadores Elvis Pelé (PL) e André Faganello (Podemos) na sessão desta terça-feira (22), o Legislativo cobra esclarecimentos do Executivo sobre os valores exatos dos acordos firmados e a atual situação dos pagamentos.
Segundo documentos obtidos pela Câmara em dezembro de 2024, o município acumulava R$ 2,7 milhões em débitos com a CPFL, valor que foi parcelado em 60 vezes de R$ 45,7 mil. Já os débitos previdenciários chegavam a R$ 8,2 milhões, também parcelados, com prestações mensais de R$ 138,7 mil. Na época, a soma total da dívida ultrapassava os R$ 11 milhões.
Os vereadores alegam que, durante a tramitação do projeto de lei nº 80/2024, aprovado pela Câmara em agosto do ano passado, autorizando o parcelamento desses débitos até o limite de R$ 10 milhões, foram repassadas informações conflitantes pelo governo. Na ocasião, um membro do governo teria afirmado que os débitos somavam R$ 9,8 milhões. Agora, com os valores revelados, os parlamentares apontam uma possível subnotificação e exigem detalhes mais precisos da Prefeitura.
No novo requerimento, a Câmara questiona se os acordos estão sendo cumpridos integralmente ou se já há parcelas em atraso, tanto com a CPFL quanto com o INSS. Também pedem informações atualizadas sobre os pagamentos correntes dessas obrigações; se as contas de energia estão sendo pagas em dia e se os recolhimentos previdenciários estão sendo feitos regularmente. Os vereadores solicitam ainda cópias dos acordos firmados, bem como dados sobre possíveis faturas ou recolhimentos em aberto.
A situação coloca em xeque a transparência fiscal da atual gestão e reacende o debate sobre a responsabilidade com o erário público.