Câmara convoca secretário José Jorge para explicar ‘caos’ na Educação

O início de 2022 foi marcado por reclamações envolvendo a Secretaria de Educação, com reportagens veiculadas na imprensa regional e diversos requerimentos de informações protocolados na Câmara de Nova Odessa. Por conta disso, o vereador Levi Tosta, o Levi da Farmácia, presidente da Comissão de Educação da Casa de Leis, apresentou, essa semana, requerimento em que convoca o secretário de Educação, José Jorge Teixeira, para prestar informações sobre melhorias, recursos e investimentos no setor na sessão ordinária do dia 21 de março.
“Já temos uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) instaurada que acompanha a entrega de carnes para a merenda escolar sem a devida nota fiscal. Ano passado já havia começado a surgir denúncias de supostas irregularidades na Secretaria de Educação e esse ano a polêmica aumentou”, disse Levi.
Entre os assuntos debatidos nesse início de ano, principalmente nas duas sessões ordinárias realizadas nos dias 07 e 14 de fevereiro, estão o investimento de mais R$ 5 milhões em livros e projetos no ano passado, quando as aulas presenciais somente foram retomadas no último trimestre; a falta do kit escolar, já que esse ano as aulas começaram sem que os alunos recebessem os materiais escolares; o mato alto que tomou conta das escolas; a redução do horário de atendimento nas creches; a aquisição de lousas digitais mesmo antes que as escolas tivessem condições adequadas para instalação do equipamento; a troca do uniforme dos alunos da rede municipal; e a falta de estagiárias de pedagogia e de acompanhamento para alunos com deficiência.
“Somam-se a isso reclamações de diretores por falta de condições de trabalho. Alguns estão usando equipamentos próprios, como notebook. Temos salas de aula sem ventiladores, faltam mesas, cadeiras e armários para algumas escolas. Em outras unidades, como mostrou o presidente da Câmara, o Pelé, em relação à escola da Vila Azenha, a estrutura física está em péssimas condições. Enfim, acredito que houve uma grande inversão de prioridades na gestão da educação em nossa cidade”, afirmou Levi.