SUBIU

A aprovação do governo Jair Bolsonaro cresceu de 41% para 47,8% nos últimos cinco meses, segundo pesquisa CNT/MDA, divulgada ontem, dia 22. A reprovação do governo teve queda, de 53,7%, em agosto, para 47%, em janeiro. A pesquisa da CNT (Confederação Nacional dos Transporte) foi encomendada ao instituto MDA. O levantamento ouviu 2.002 pessoas, de 15 a 18 de janeiro, em 137 municípios de 25 estados. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, segundo o instituto.

DESEMPENHO

A avaliação do governo indicou que 34,5% dos entrevistados consideraram o governo ótimo ou bom, outros 32,1% responderam que o governo é regular e 31% declararam que é ruim ou péssimo. Entre os entrevistados, 30,1% consideram que a área com melhor desempenho do governo é o combate à corrupção, seguido por economia, 22,1% e segurança 22%, entre outros. As áreas com a pior avaliação são: saúde 36,1%; educação com 22,9% e meio ambiente com 18,5%.

LAVA JATO

O Ministério Público Federal em Brasília denunciou na terça-feira, dia 21, sete pessoas sob acusação de envolvimento no hackeamento de mensagens de autoridades como o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato em Curitiba. Entre os denunciados está o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, que recebeu os diálogos da Lava Jato e os publicou por meio de uma série de reportagens, algumas delas em parceria com outros veículos de imprensa. Glenn não foi investigado nem indiciado pela Polícia Federal, mas o procurador Wellington Oliveira entendeu que ficou demonstrado, em um áudio encontrado em um computador apreendido, que o jornalista orientou o grupo de hackers a apagar mensagens.

RETALIAÇÃO

Em resposta, o jornalista Glenn Greenwald, do site “The Intercept”, afirmou que a denúncia do Ministério Público Federal contra ele na operação Spoofing – que investiga invasões de celulares de autoridades – é uma “retaliação pelo governo [Jair] Bolsonaro” e um “ataque à imprensa livre”.
“É um ataque contra a imprensa livre, obviamente, contra a nossa reportagem, mas também contra a Polícia Federal e o STF, que disse que eu não posso ser investigado, muito menos denunciado pela minha reportagem, porque é uma aberração do direito constitucional de uma imprensa livre”, declarou Greenwald, em vídeo postado em rede social.