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SEM PARAR

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Os prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas) descartaram ontem a adoção do chamado Lockdown nos 20 municípios. A justificativa foi que a possível paralisação do transporte coletivo prejudicaria também os trabalhadores da saúde que não teriam como chegar ao trabalho, além de pacientes que não teriam como chegar aos postos de vacinação.

SEM VAGAS

Enquanto os prefeitos recuam na adoção de novas restrições, o número de internações continua batendo recordes. Ontem, em material divulgado pela prefeitura, a Secretaria de Saúde informava que haviam 18 internados na Unidade Respiratória, ou seja, todos os leitos estavam ocupados. A região continua sem leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) disponíveis. Ontem foram abertos 10 novos leitos no Hospital Estadual de Sumaré, mas a doença avança mais rápido que a vacinação e ampliação da capacidade de atendimento.

SEM DIREÇÃO

A crise sanitária sem precedentes em que o Brasil se encontra deve-se, em boa parte, aos governantes que preferiram pensar em política do que acreditar na ciência. Os governantes erraram na dosagem de suas ações, inflamaram os discursos e agora pagam a conta de milhares de mortes, hospitais lotados e pessoas amedrontadas.

SEM A CANETA

Enquanto o prefeito Leitinho parece ter se apagado depois de assumir a cadeira do Executivo, quem tem ganhado destaque é outro inquilino do Paço Municipal. O secretário de Governo Marco Russo não tem a caneta, mas está com as cartas na mão na direção do governo. Há quem diga que nada é aprovado ou autorizado se não passar antes pela mesa do todo-poderoso secretário.

SEM SAL

Leitinho, quando vereador, era polêmico. Subia na mesa, comprava briga e fazia muito barulho nas sessões legislativas, sem se preocupar muito com o conhecimento técnico ou o rito da Casa de Leis. Criou apelidos icônicos para os colegas, como ao chamar o então presidente da Casa, Vagner Barilon (PSDB), de “ditador”. Na cadeira de prefeito parece preferir o quase anonimato. Não faz reuniões sem a presença do seu chefe de Gabinete, Coronel Fanti, e deixa as decisões para o secretário de Governo. Parece que a Câmara era bem mais divertida do que o Paço para o agora prefeito Leitinho.