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POLACO

A grande aposta pelos corredores da Câmara de Vereadores é para saber quando e quem será o autor do pedido de cassação do vereador Polaco, que vai assumir a cadeira da ex-vereadora Carol Moura, que renunciou ao seu mandato no último sábado. Polaco foi preso em abril de 2018, em Itatinga, acusado de corrupção, ao pedir dinheiro para aprovar um aluno em exame para obtenção da CNH. Polaco era perito do Detran.

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Caso um pedido de cassação venha a ser protocolado na Câmara, a pergunta que se faz é a seguinte: será que os vereadores vão usar dois pesos e duas medidas ou também irão abrir uma CP (Comissão Processante) contra o suplente de Carol Moura? Qual dos dois crimes foi mais grave: o praticado por Carol ou por Polaco, acusado de corrupção pela Justiça?

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Ainda pelos corredores da Câmara, corre a informação de que o presidente Vagner Barilon votaria pela cassação de Carol Moura, caso o pedido de renúncia não tivesse sido protocolado, e deve ter o mesmo posicionamento numa eventual comissão processante contra Polaco, inclusive, convocando o seu suplente (no caso, Oseias Domingos Jorge) para votar também, assim como fez no último sábado, quando convocou Polaco para votar o parecer contra Carol.

DIPLOMA FALSO

Vale lembrar que contra Polaco pesa, além da acusação de corrupção, o fato dele ter indicado uma assessora que se utilizou de diploma falso para conseguir o cargo. A Câmara de Nova Odessa exige que o contratado possua nível superior completo. Na época, a Câmara era presidida pela vereadora Carla Lucena.

RENUNCIA

A vereadora Carol Moura (Podemos) acabou renunciando ao cargo no sábado (27), pouco antes de ocorrer a sessão extra convocada pela Câmara de Nova Odessa para votar o pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar. Antes que houvesse a leitura, discussão e votação do parecer da Comissão Processante pela cassação do mandato, Carol protocolou a renúncia oficial. E acabou adotando um tom bastante ríspido com vários dos colegas ao usar a palavra durante a ‘mensagem final’.

CRÍTICAS

Carol Moura desferiu ataques nominais para o presidente da Câmara, Vagner Barilon (PSDB), e o suplente da cadeira, Wladiney Pereira Brígida, o Polaco. Além disso, fez duras críticas ao Departamento Jurídico da Câmara e trouxe insinuações graves a outros vereadores, mas sem mencionar nomes. É uma história que ainda pode ter desdobramentos jurídicos, uma vez que existem partes conflitantes no processo envolvendo a cassação, ou não, de Carol. É aguardar para ver as cenas do próximo capítulo.