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Brasília - O pai do deputado, Jair Bolsonaro durante o Conselho de Ética da Câmara que arquivou duas representaçõescontra o deputado Eduardo Bolsonaro por quebra do decoro (Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil)

Pesquisa Datafolha publicada no domingo, dia 5, pelo jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 59% dos brasileiros rejeitam a renúncia do presidente Jair Bolsonaro em meio à sua atuação na crise causada pelo coronavírus no Brasil. O levantamento mostra ainda que 37% desejam que ele renuncie, o que vem sendo pedido por políticos contrários ao governo, e 4% não sabem dizer.

PERDENDO APOIO

Focado no projeto de se reeleger em 2022, desde que tomou posse na Presidência, Jair Bolsonaro fez uma aposta arriscada ao transformar a crise do novo coronavírus em arena de disputa política. Líder de uma campanha contra as medidas de distanciamento social, adotadas nos estados para conter o avanço da pandemia, ele procura atingir os governadores, entre os quais possíveis concorrentes nas urnas. Na contramão das recomendações das autoridades de saúde, o presidente enfrenta um crescente desgaste político. Cada vez mais isolado, até mesmo dentro do governo, aprofunda o discurso radical, na tentativa de manter, pelo menos, o apoio do grupo de eleitores mais fiéis.

ISENTOS

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou ontem, dia 6, que o governo está estudando um projeto para isentar consumidores de baixa renda do pagamento da conta de luz durante crise do coronavírus. O ministro participou de uma live nas redes sociais. Segundo Bento, é preciso garantir “condições mínimas de sobrevivência” para a população que está em isolamento em razão da pandemia. Ele explicou que, de acordo com os planos do governo, ficarão isentos os consumidores de baixa renda, que usam até 220 kw ao mês, o que nos cálculos do ministro fica em torno de R$ 150.

CONSCIENTIZAÇÃO

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, disse ontem, dia 6, ser contra qualquer tipo de punição às pessoas que descumpram medidas de isolamento social impostas pelas autoridades públicas em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Para o ministro, no lugar de alguma sanção, o mais correto no momento é promover a conscientização do público, como tem sido feito pelo poder público e pela imprensa. “Não é necessário fazer nenhum tipo de penalização”, afirmou o ministro durante um seminário online promovido pela consultoria Arko Advice. “Melhor do que você pegar uma pessoa para estabelecer uma multa de R$ 1 mil, R$ 2 mil, é a pessoa ter consciência de que neste momento tem que ser solidária para evitar um impacto no sistema de saúde”, acrescentou Toffoli.