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FUTURO! E DAÍ?

Dados divulgados essa semana pela Artesp (Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo) e publicados pelo jornal O Liberal, de Americana, apontam que das cinco cidades da região, Nova Odessa é a que menos arrecadou com o imposto do pedágio. Justamente a que mais sofre com a rota de fuga. Herança de uma ação mal planejada do então prefeito Zé Mário. Os dados revelam que Nova Odessa ficou com fatia de R$ 1,3 milhão, contra R$ 2,5 milhões de Hortolândia, R$ 3,5 milhões de Americana, R$ 5,2 milhões de Santa Bárbara d’Oeste e R$ 7,8 milhões de Sumaré.

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A instalação do pedágio em Nova Odessa, na época, foi vista como uma forma de engordar a receita, já que naquele tempo as cidades que sediavam as praças de pedágio recebiam o maior volume do ISSQN, o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza. Então, por mais que aquilo fosse causar (e causou muito) transtorno aos moradores do São Jorge, Nossa Senhora de Fátima e outros, o resultado para o governo Zé Mário era bom, pois entraria mais recursos, recursos estes não carimbados, ou seja, ele podia gastar onde bem entendesse.

ZÉ DAS MEDALHAS 2

O tiro dado por Zé Mário saiu pela culatra, pois o problema da rota de fuga foi grande demais e a lei que fazia o fatiamento desse bolo foi alterada em 2003 pela lei complementar 116. A nova lei definiu que não era mais a cidade que sediava a praça de pedágio que deveria receber a maior fatia, mas sim que os municípios deveriam repartir o imposto de acordo com a quilometragem de rodovias em seus territórios. Assim Nova Odessa ficou com o pedágio, com a dor de cabeça da rota de fuga e com o menor de todos os repasses. Mas no governo Zé Mário, a fatia foi gorda e era isso que interessava na época.

QUE SIRVA DE EXEMPLO

Essa história mostra que uma ação mal planejada ou de interesse momentâneo pode causar um problema futuro e contínuo para a cidade. O pedágio da rodovia Anhanguera jamais será retirado e a rota de fuga vai continuar existindo, causando todos os problemas que os novaodessenses estão cansados de saber. Que essa bobagem feita no passado sirva de exemplo para evitar que novas bobagens.