O clima entre os vereadores de Nova Odessa vai se acirrando cada vez mais, conforme os interesses políticos e eleitorais. A sessão da próxima segunda-feira, dia 10, promete ‘dar o que falar’ com a votação do parecer pelo arquivamento (ou não) da Comissão Processante que investiga se houve quebra de decoro parlamentar, com possível perda de mandato, do vereador Wladiney Pereira Brígida, o Polaco (PL), preso em 2018, acusado de corrupção passiva na cidade de Itatinga/SP.
DEFENDE
O relator da comissão, vereador Tiago Lobo (PV), emitiu parecer pelo arquivamento da denúncia e a posição será votada em plenário. O ex-comunista alega que não há “elementos de autoria da conduta” que configura a quebra de decoro parlamentar por Polaco. Defende, ainda, que o processo no Poder Legislativo depende se tivesse havido condenação penal transitada em julgado, ou seja, aquela que não cabem mais recursos. Mas muitos no meio político agora se questionam da posição ao comparar com o caso envolvendo a (agora ex-) vereadora Carol Moura (Podemos).
PESOS
A dúvida que fica é se Tiago Lobo concordaria em cassar Carol Moura, que também não sofreu condenação criminal nem teve o processo criminal transitado em julgado. A vereadora acabou renunciando ao mandato, mas dizia na época que todos na Câmara queriam a sua cassação. Então seria o famoso ‘dois pesos e duas medidas’ por parte de Lobo. Enquanto isso, o presidente da Comissão Processante, Elvis Ricardo Garcia, o Pelé (PSDB), parece mais coerente e opinou pelo prosseguimento do processo de Polaco.
PLANO
Polaco, aliás, voltou mais oposicionista do que nunca ao atual governo. Esta semana encaminhou requerimento cobrando da Prefeitura a implantação de um Plano de Contingência Orçamentária durante a pandemia do novo coronavírus. O vereador alega que o Painel de Gestão de Enfrentamento da Covid-19, do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo), aponta a inexistência do plano pelo município, que seria necessário neste momento. Polaco tem questionado os gastos com o enfrentamento da doença.