ABRO MÃO

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse na tarde de quinta-feira, dia 20, após participar da 27ª edição da Marcha Para Jesus, na capital paulista, que abriria mão da reeleição se o Brasil passar por uma séria reforma política. “Agora, se não tiver uma boa reforma política e o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos”. Durante seu discurso, Bolsonaro disse que o estado é laico, mas o presidente é cristão. “Vocês [evangélicos] foram decisivos para mudar o destino dessa pátria maravilhosa chamada Brasil. Todos nós compartilhamos dessa responsabilidade, onde primeiro Deus, depois a família respeitada e tradicional acima de tudo”.

JUSTIÇA

Um dia depois de o ministro da Justiça, Sergio Moro, ser sabatinado no Senado sobre trocas de mensagens entre ele aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato, novos diálogos sobre o caso voltaram a ser divulgados. As novas mensagens divulgadas evidenciam atuação do ex-juiz federal Sérgio Moro no afastamento da procuradora do MPF Laura Tessler pelo fato do juiz considerá-la “muito fraca”. Após crítica, a força-tarefa da operação “lava jato” no Paraná afastou a procuradora das audiências do processo contra o ex-presidente Lula envolvendo um triplex em Guarujá.

NOTA

Após a divulgação das novas mensagens, o PT (Partido dos Trabalhadores, através de nota, acusou Moro de ter cometido falso testemunho e pediu ações legais contra o atual ministro da Justiça por ele ter “mentido publicamente ao Senado e à nação brasileira. “O Ministro da Justiça, Sérgio Moro, cometeu o crime de perjúrio, em seu depoimento ante a CCJ do Senado Federal. Lembramos que, em virtude de questão de ordem feita pelo senador Humberto Costa, Líder do PT no Senado, Sérgio Moro renunciou, naquela ocasião, ao direito de ficar calado e não se autoincriminar. Por conseguinte, terá de sofrer as consequências legais de ter mentido publicamente ao Senado e à nação brasileira”, diz trecho da nota assinada pela presidenta do PT, Gleisi Hoffman e pelos líderes do PT no Senado, Humberto Costa, e na Câmara, Paulo Pimenta.

FAKE NEWS

O ex-deputado Jean Wyllys vai processar o apresentador Ratinho por calúnia e difamação em suposta divulgação de notícias falsas, as chamadas “fakenews” em seu programa. O deputado usou sua conta no Twitter para confirmar a informação, republicando uma reportagem contendo a informação. Durante a entrevista com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, Ratinho comentava sobre o vazamento de conversas de seu convidado, quando ainda era juiz federal, com o procurador federal Deltan Dallagnol, quando afirmou: “Eu estava lendo, não sei se é fakenews, que está vinculado a um milionário russo, que deu dinheiro para um jornalista muito conhecido. Esse jornalista é namorado de um deputado e comprou o mandato do deputado Jean Wyllys. Tudo isso eu recebi, não sei se é fakenews. Recebi! Se for verdade, é muito maior do que a gente imagina. Porque envolve outro país”. Wyllys vê esta fala como caluniosa.