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Bate-rebate: obras paradas, lixo espalhado, escolas esquecidas e a gestão Leitinho em silêncio

Sede da GCM prometida segue abandonada e sem explicações

Mais de um ano após o anúncio da nova sede da Guarda Civil Municipal, a obra de R$ 2,4 milhões virou matagal. Prometida como um marco para a segurança, a estrutura nunca saiu do papel.

O terreno na Avenida João Pessoa está tomado pelo abandono. Moradores e guardas demonstram frustração, enquanto a Prefeitura mantém silêncio absoluto sobre os motivos da paralisação.

Escola cercada por lixo e mato mostra descaso com bairros

Na EMEF Alzira Ferreira Delegá, o que deveria ser área de lazer virou lixão. Vídeos mostram entulho, galhos e mato alto. Moradores denunciam abandono e falta de policiamento.

Outros bairros também relatam problemas com poda não recolhida, postes apagados e ruas largadas. A crise nas escolas piorou após a retirada de tablets por falta de pagamento — deixando mais de 5 mil alunos sem acesso à tecnologia.

Obra de R$ 1 milhão parada está sob sigilo na gestão Leitinho

A construção de uma cozinha e refeitório na Escola José Mário está parada há mais de um ano. Cerca de R$ 900 mil foram pagos, mas a Prefeitura se recusa a dar explicações, alegando “sindicância sigilosa”.

O caso foi denunciado ao Ministério Público, que investiga possíveis irregularidades, superfaturamento e omissão de fiscalização. Enquanto isso, a obra segue abandonada e sem prazo para retomada.

Contêineres de lixo causam crise até entre aliados de Leitinho

O vereador Marcelo Maito, ex-aliado do prefeito, pediu a retirada de um contêiner próximo à EMEF Almerinda, citando riscos à saúde. Nos bastidores, o gesto foi visto como sinal de desgaste político.

Leitinho já admitiu o fracasso do projeto, mas ao invés de agir, fez uma enquete nas redes sociais. Enquanto isso, moradores convivem com mau cheiro e descarte irregular em vários bairros.

Descarte de entulho se espalha e Prefeitura não fiscaliza

Na Rua Júlio Marmile, no Santa Rosa, montes de entulho tomam conta da calçada. Moradores se revoltam com a sujeira e cobram ação. “Será que aceitariam isso na porta da própria casa?”, questionam.

Casos semelhantes ocorrem em vários bairros. A crise do lixo, agravada pela falta de fiscalização e políticas públicas, virou um retrato do abandono urbano em Nova Odessa.

Pedidos de resposta ignorados

Desde maio, o Jornal de Nova Odessa tenta, sem sucesso, obter respostas da Prefeitura sobre denúncias feitas por moradores. A gestão Leitinho tem ignorado os pedidos formais, optando por responder de forma indireta, em redes sociais ou no site oficial.

Mesmo com espaço sempre aberto para manifestações, a Prefeitura evita o diálogo institucional, prejudicando a transparência com a população. O JNO reforça seu compromisso com a verdade e segue aguardando uma resposta oficial.

Atrasos salariais e precariedade na saúde de Nova Odessa

Médicos das Unidades Básicas de Saúde de Nova Odessa estão com salários atrasados há quatro meses, referentes aos serviços de março a junho. Uma profissional, que preferiu não se identificar, só recebeu parte dos pagamentos após ameaçar recorrer à imprensa. O salário de junho segue pendente.

Além dos atrasos, os médicos denunciam condições precárias de trabalho e um alerta da gerente para “fazer o mínimo”, refletindo o caos da saúde local.