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Bate-rebate: Nova Odessa entre buracos, escuridão, silêncio e privilégios ampliados

Foto: Tero Vesalainen/iStockphoto

NO ESCURO
A ciclovia da Avenida Ampélio Gazzetta virou um trecho de risco. O furto dos cabos de energia deixou os postes sem iluminação, o que compromete a segurança de ciclistas e pedestres. Os pontos de ônibus também foram afetados. Quem precisa passar pelo local à noite enfrenta medo e escuridão.

BURACO SEM FUNDO
A situação em frente ao Zoológico Municipal é ainda mais preocupante. Um enorme buraco tomou conta da calçada e cresce a cada dia. O alambrado cedeu, a estrutura da calçada está comprometida e o risco de acidentes é real. Pessoas e animais que circulam pelas redondezas estão em perigo. A cena é de abandono.

AGORA VAI?
Depois de meses de reclamações e da espera por recursos, a Prefeitura anunciou a recuperação de estradas rurais. A boa notícia é que as obras começaram. A má notícia é que isso só foi possível graças à doação de materiais feita pela CCR AutoBAn. O serviço deveria ser contínuo e não depender exclusivamente de doações.

PRIVILÉGIOS EM DIA

Enquanto a população convive com buracos nas calçadas, ciclovias às escuras e serviços que só avançam com ajuda externa, os vereadores de Nova Odessa decidiram cuidar do próprio bolso. Foi aprovado em plenário o projeto que garante, a partir de 2025, o pagamento de 13º salário e férias remuneradas aos parlamentares.

O impacto estimado nas contas públicas gira em torno de R$ 150 mil por ano. Pouco, segundo os defensores da medida. Muito, na visão de quem espera que os recursos públicos sejam investidos em melhorias urgentes para a cidade.

Nos bastidores, o movimento foi visto como impopular. O projeto foi aprovado com sete votos favoráveis e três contrários, num momento em que a população cobra mais trabalho e menos benefícios a quem já ocupa cargos eletivos.

PROBLEMAS VISÍVEIS, AUTORIDADES INVISÍVEIS

Mesmo diante de problemas recorrentes e evidentes, visíveis para qualquer cidadão que circula pela cidade e pode tirar suas próprias conclusões, o Ministério Público segue em silêncio. Não cobra, não atua, não responde.

A Prefeitura também se cala. Prefeito e vice não se manifestam, evitam entrevistas e não demonstram disposição para apresentar suas versões ou propor soluções. Enquanto isso, os buracos continuam. Nas estradas e na comunicação.