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Base enterra novo pedido de investigação contra Leitinho

Morador pedia abertura de uma Comissão Processante para apurar pagamentos feitos pela prefeitura à empresa de consultoria e assessoria política que pertence a ex-namorada do prefeito

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Com votos dos vereadores que integram a base de sustentação ao prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho, a Câmara arquivou ontem o pedido de abertura de uma CP (Comissão Processante) contra o chefe do Poder Executivo – feita por um morador da cidade – para apurar possíveis irregularidades no contrato da prefeitura com uma empresa de consultoria e assessoria política de Brasília, que pertence a uma ex-namorada do prefeito. Votaram pelo arquivamento da representação – que poderia culminar com a cassação do mandato de Leitinho – os vereadores Silvio Natal, o Cabo Natal; Márcia Rebeschini, Oséias Domingos Jorge; Antônio Alves Teixeira, o Professor Antônio, e Sebastião Gomes dos Santos, o Tiãozinho do Klavin. Votaram a favor da investigação os vereadores Elvis Garcia, o Pelé; Levi Tosta, o Levi da Farmácia; e Paulo Bichof. Presidente da Câmara, o vereador Wagner Morais só votaria caso houvesse empate. Autor do pedido, José Cosmo Rocha de Souza, morador do Jardim São Manoel, prometeu levar a denúncia ao Ministério Público.
Em sua representação, o morador lembra que a empresária e ex-namorada de Leitinho o acusou, recentemente, de tê-la estuprado em um hotel localizado em Campinas. Ela, inclusive, conseguiu na Justiça uma medida protetiva contra o prefeito de Nova Odessa, que proíbe o prefeito de se aproximar e manter contato. “A vítima dos delitos cometidos pelo senhor prefeito é contratada pela Prefeitura de Nova Odessa para supostamente prestar os serviços de consultoria e assessoria (…) E, de acordo com entrevista concedida pelo prefeito, o senhor Cláudio José Schooder afirmou que “os dois se conheceram em outubro de 2021 e começaram um relacionamento que durou cinco meses, ou seja, a Prefeitura realizou a contratação de empresa de assessoria e consultoria Erica Alves Roriz (namorada do prefeito), violando completamente o princípio da impessoalidade e da ética que se espera de um prefeito”, afirma Cosmo, no documento arquivado pelos vereadores da base.
O morador cita ainda que a prefeitura realizou pagamentos no valor de R$ 2 mil mensais, entre os meses de dezembro de 2021 a julho de 2022, perfazendo o montante de R$ 16 mil. “Há estranheza nos pagamentos, pois o senhor prefeito Cláudio José Schooder, em nota oficial, relatou que chegou a pagar pensão durante oito meses para a vítima”, já que acreditava que a empresária esperava um filho seu. “A principal questão que deve ser investigada está voltada no sentido de que, os valores pagos pelo prefeito como ‘pensão alimentícia’ podem ser os mesmos valores pagos pelo contrato de assessoria da vítima com a prefeitura, ou seja, a ‘pensão’ está sendo paga com o dinheiro do povo, dinheiro público? Os vereadores precisam investigar”, pediu Cosmo, porém, em vão.