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Após mobilização, Tarcísio de Freitas desiste de instalar pedágios na SP-304

“A rodovia SP-304 não fará mais parte da concessão. Vamos estudar outras maneiras de garantir os investimentos necessários”, declarou Tarcísio de Freitas sobre pedágios na Rodovia Luiz de Queiroz

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Após intensa mobilização de moradores, lideranças regionais e autoridades políticas, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou, nesta terça-feira (15), que a Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304) não será mais incluída no pacote de concessões, cancelando assim a instalação de pedágios ao longo da via, entre Americana e Piracicaba. A medida afetaria diretamente motoristas de Nova Odessa.
A declaração foi feita durante um evento oficial em Piracicaba, onde o governador afirmou que o governo estadual está revendo estratégias de investimento em infraestrutura viária. Segundo ele, diante da resistência popular, a cobrança de tarifa na SP-304 não é mais considerada adequada neste momento.
“A SP-304 não fará mais parte da concessão. Vamos estudar outras maneiras de garantir os investimentos necessários”, declarou Tarcísio.
A possibilidade de implantação de pedágios na SP-304 havia gerado protestos e debates intensos em cidades como Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa e Piracicaba. Vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais se posicionaram publicamente contra o projeto, alegando que a medida penalizaria trabalhadores e comprometeria o deslocamento regional, especialmente em trechos de curta distância entre municípios vizinhos.
Em Nova Odessa, a mobilização contra o pedágio ganhou força. Um grupo de quatro vereadores propôs a criação da Comissão de Assuntos Relevantes, cujo objetivo é discutir e promover uma articulação política e institucional para barrar a implantação do pedágio na SP-304.
A comissão foi proposta pelos vereadores André Faganello (Podemos), Elvis Pelé (PL), Paulo Porto (PSD) e Priscila Peterletivz (União) e tinha a missão de avaliar os impactos sociais e econômicos da concessão.
Segundo os parlamentares, o pedágio poderia aumentar os custos de transporte para trabalhadores, estudantes e setores produtivos, comprometendo o direito de ir e vir dos munícipes.
O grupo também buscaria diálogo com autoridades estaduais e federais, além de representantes da sociedade civil organizada, para fortalecer a oposição ao pedágio.
Durante uma visita a Santa Bárbara d’Oeste, em março, Tarcísio tinha sinalizado a possibilidade de isentar moradores locais do pagamento da tarifa, que seria em torno de R$ 3,84.