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Após denúncia de mau atendimento, UBS do Jardim São Francisco é fiscalizada

Depois de visitar creche e verificar problemas com merendeiras, vereador Elvis Pelé exige transparência sobre atendimentos na saúde de Nova Odessa.

Vereador quer dados de atendimento na Unidade Básica de Saúde/ Foto: UBS São Francisco.

Depois de fiscalizar problemas com merendeiras de uma creche da rede municipal, o vereador Elvis Pelé (PL) se voltou para outro ponto sensível da administração pública de Nova Odessa: a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim São Francisco. Pelé cobra informações detalhadas sobre o funcionamento da UBS, alegando a necessidade de entender o real fluxo de atendimentos e a estrutura disponível para a população.

O requerimento nº 336/2025 faz oito questionamentos diretos à prefeitura, abrangendo desde o número de atendimentos médicos realizados nos anos de 2024 e 2025 até a forma de controle da retirada de medicamentos. O tom do documento revela preocupação com a qualidade do atendimento e com a ausência de informações públicas sobre a estrutura da saúde básica em bairros mais afastados.

Entre os pontos destacados por Pelé, chama atenção o pedido para saber quantas consultas foram feitas mês a mês desde 2024, quantos procedimentos foram realizados e se há fichas individuais ou prontuários eletrônicos para os pacientes. Outro ponto delicado: o controle da retirada de medicamentos. O vereador quer saber quem é o responsável, como esse controle é feito e se há garantias de rastreabilidade.

A rotina na UBS do Jardim São Francisco é, segundo relatos de moradores, uma verdadeira maratona de espera, com direito a filas e retornos frustrados por falta de médicos ou insumos. O requerimento pede dados objetivos sobre o tempo médio de espera por tipo de atendimento — seja clínico, seja para procedimentos — e também sobre os recursos humanos disponíveis, suas funções e cargas horárias.
A cobrança de Pelé vem em um momento em que a saúde básica da cidade já vinha sendo questionada pela população.

No mesmo bairro, a falta de merendeiras na Creche Municipal revoltou pais e responsáveis. Na quinta-feira, dia 12, pais disseram que crianças entraram atrasadas e até houve dispensa por falta de alimentação porque não tinha o profissional de cozinha. No início da manhã da sexta-feira, dia 13, a situação se repetiu e teve criança que ficou do lado de fora porque a creche ficou fechada, segundo alguns pais. O problema acontece na CMEI Aparecida Rodrigues Prata. A Prefeitura deixou de pagar a empresa que prepara as merendas e contratou outra emergencialmente, que ao assumir os trabalhos, reduziu o salário das funcionárias, motivando faltas no serviço.

Segundo pais, a creche ficou sem profissionais da merenda durante dois dias consecutivos. Apesar de a situação ter sido resolvida ainda na manhã desta sexta com o envio de um profissional de cozinha, o transtorno já havia sido causado. Crianças chegaram a ficar no frio aguardando a escola abrir, sem nenhum aviso.