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Água parada na via pública vira perigo de dengue em Nova Odessa

Moradores do Jardim São Manoel alertam para perigo de doenças e pedem ação da Prefeitura no cruzamento da Rua Fioravante Martins com a Avelino Lobão

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Água parada fica no cruzamento da Rua Fioravante Martins com a Avelino Lobão.

O cruzamento entre as ruas Fioravante Martins e Avelino Lobão, no Jardim São Manoel, em Nova Odessa, tornou-se palco de preocupação constante para os moradores e motoristas. O motivo é um velho problema que parece longe de ser resolvido: o acúmulo de água parada que se forma após chuvas, ou mesmo em dias comuns, devido ao desnível do asfalto e falhas no escoamento da via.

O que antes era apenas um incômodo agora é uma séria ameaça de saúde pública. Com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, a presença constante de poças de água estagnada representa risco à população.

“Essa água fica parada por dias. Já não aguentamos mais, a quantidade de mosquitos, e o medo de pegar dengue. Todo mundo que passa aqui tem família e fica com medo”, falou Mariza da Silva. Segundo ela, o problema precisa de alguma solução da Prefeitura de Nova Odessa.

O acúmulo de água ainda pode danificar o asfalto, buracos e dificultar o trânsito de veículos e pedestres. Em dias chuvosos, a travessia do cruzamento se torna praticamente impossível.

O pedido aponta a necessidade de obras corretivas e reestruturação da drenagem no cruzamento da Rua Fioravante Martins com a Avelino Lobão, no Jardim São Manoel.

“A situação é insustentável. Já passou da hora de a Prefeitura fazer algo”, declarou.

Para os moradores, promessas já não bastam. “Não queremos mais ouvir que vão estudar ou avaliar. Queremos as máquinas aqui, queremos a solução”, afirma Mariza.

Apesar do avanço da epidemia de dengue em diversas cidades paulistas, Nova Odessa tem conseguido manter a situação sob controle. De acordo com a Vigilância Epidemiológica Municipal, até o dia 21 de abril de 2025, foram confirmados 288 casos de dengue, uma redução expressiva em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 1.479 casos.

Mesmo com os resultados positivos, a cidade permanece em estado de alerta. Isso porque, em fevereiro de 2024, foi confirmada a circulação do sorotipo 2 da dengue. Esse sorotipo é considerado mais agressivo e perigoso, especialmente para pessoas que já foram infectadas por outro tipo de dengue anteriormente.

A coordenadora do Setor de Zoonoses de Nova Odessa, Paula Faciulli, reforçou em entrevistas anteriores que de 80% a 90% dos focos do mosquito estão dentro das residências, o que exige maior vigilância por parte da população.