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Paulo Medina
redacao@jno.com.br

A execução brutal de Marco Antonio Barion, conhecido como Russo, de 52 anos, ex-secretário de Governo do prefeito Claudio Schooder, o Leitinho (PSD), completou 33 meses nesta sexta-feira (6), sem que o caso avance e caia cada vez mais no esquecimento do próprio governo, que não se posiciona sobre o caso. Russo foi executado com 13 tiros no dia 6 de dezembro de 2021, em um crime que chocou toda a região.
Russo, que era o “homem forte” do prefeito, foi alvo de uma emboscada enquanto saía de sua casa, no Jardim Marajoara, seguindo para a Prefeitura. O crime ocorreu em plena luz do dia e foi executado por dois homens que estavam aguardando em um Fiat Uno branco estacionado nas proximidades do condomínio onde Russo morava. Quando o veículo do secretário passou pelo local, foi fechado pelo carro dos assassinos. Um dos homens desceu do carro e disparou 13 vezes contra Russo.
O caso levanta diversas suspeitas sobre as motivações por trás do crime. Uma investigação foi conduzida pela 3ª Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC) de Piracicaba, mas não conseguiu avançar de forma significativa.
Ano passado, a Justiça arquivou o inquérito policial após o Ministério Público alegar que a apuração não foi suficiente para apontar a participação de um suspeito no crime. A decisão gerou indignação entre familiares e amigos de Russo.
A única pessoa que chegou a ser presa em conexão com o crime foi um empresário de 52 anos. Ele foi detido em junho de 2022 e ficou mais de 100 dias encarcerado. A polícia alegou que o empresário teria alertado os executores sobre a saída de Russo e, durante a prisão, foram encontrados cerca de R$ 40 mil em espécie em seu apartamento. Documentos e anotações encontradas também sugeriam que ele tinha envolvimento com licitações e que se referia a Russo como “o cara que ia dar a obra para nós”. No entanto, a Justiça decidiu liberar o empresário.
A Secretaria de Segurança Pública se limitou a informar que o caso foi investigado pela DEIC de Piracicaba e relatado ao Poder Judiciário em abril de 2022, não havendo novos desdobramentos desde então.
O assassinato de Russo continua sendo o crime mais chocante da história recente de Nova Odessa, e sua resolução parece cada vez mais distante.

 

Russo foi ameaçado com arma no estacionamento da Prefeitura de NO

Em um relato ao caso do assassinato de Marco Antonio Barion, o Russo, a viúva do ex-secretário revelou que ele havia recebido ameaças com uma arma meses antes de ser brutalmente executado. Talita Monção, viúva de Russo, relatou que o ex-secretário foi abordado supostamente por um fornecedor no estacionamento da Prefeitura de Nova Odessa, onde teria encostado uma arma em seu corpo e ameaçado Russo para não “mexer em um contrato”. Talita, porém, não crê que o episódio esteja diretamente ligado à execução de Russo.